Hipófise
A hipófise tem duas subdivisões de origens embriológicas diferentes: a adeno-hipófise que origina-se de uma evaginação da bolsa de Rathke formada por ectoderma oral, e a neuro-hipófise que desenvolve-se a partir de uma evaginação do diencéfalo composta por neuroectoderma. Portanto, cada subdivisão da hipófise apresenta regiões contendo células especializadas e funções distintas. A adeno-hipófise divide-se em: pars distalis, pars intermedia e pars tuberalis. Já a neuro-hipófise é formada pela eminência mediana, infundíbulo e pars nervosa.
Adeno-hipófise
A pars intermedia situa-se entre a pars distalis e a pars nervosa da neuro-hipófise e contém cistos remanescentes da bolsa de Rathke que são revestidos por células cubóides e são preenchidos por colóide. A pars tuberalis envolve a haste do infundíbulo e é composta de um modo geral por células basófilas que variam de cubóides a colunares baixas.
A Pars distalis é a principal região secretora da adeno-hipófise e é formada por cordões de células parenquimatosas cromófilas e cromófobas rodeadas por escasso tecido conjuntivo. As células cromófilas apresentam grânulos de secreção com afinidades por corantes e dividem-se entre células acidófilas e basófilas. As acidófilas coram-se com corantes ácidos, como a eosina, e tendem a apresentar coloração avermelhada em H&E. Essas células são os somatotroficas (GH) e mamotróficas (prolactina) que são indistinguíveis na microscopia de luz. Já as células basófilas apresentam afinidade por corantes básicos, como a hematoxilina, e tendem a apresentar coloração mais azulada em H&E sendo divididas em corticotrofos (ACTH), tireotrofos (TSH) e gonadotróficos (LH e FSH), também indistinguíveis na microscopia de luz.
Neuro-hipófise
A Pars nervosa é formada por axônios amielínicos provenientes de células neurossecretoras de núcleos hipotalâmicos que secretam vasopressina e ocitocina. Esses axônios são sustentados por células conhecidas como pituícitos. Na microscopia de luz é possível também observar os corpos de Hering, que são dilatações dos axônios que acumulam grânulos de neurossecreção.
Tireóide
A Tireóide é uma glândula endócrina folicular envolvida por uma delicada cápsula de tecido conjuntivo denso não modelado que emite septos que a dividem em lóbulos tireoidianos. O folículo tireoidiano é a unidade estrutural e funcional da glândula que é revestido por um epitélio simples que varia de cúbico a cilíndrico dependendo do grau de atividade glandular e que é preenchido por um colóide. As células que circundam os folículos recebem o nome de células foliculares ou tireócitos que são responsáveis pela produção de hormônios tireoidianos T3 e T4. No tecido conjuntivo que circunda os folículos estão às células parafoliculares responsáveis por secretar calcitocina. Essas células podem estar isoladas ou agregadas e se apresentam mais palidamente coradas.
Paratireóide
As glândulas paratireóides localizam-se na superfície posterior da glândula tireóide e são envolvidas por uma cápsula de tecido conjuntivo que emite septos de tecido conjuntivo que formam um estroma responsável pela sustentação da glândula, no qual podemos observar a presença de tecido adiposo, vasos sanguíneos, vasos linfáticos e nervos. O parênquima da paratireóide é formado por cordões de células epiteliais compostos por dois tipos celulares: as células principais e as células oxifílicas. As células principais são as responsáveis pela secreção do paratormônio e apresentam grânulos de pigmento lipofuscina dispersos pelo citoplasma. Já as células oxifílicas não tem uma função conhecida sendo menos numerosas, grandes e se coram mais intensamente com eosina que às células principais, podendo aparecer isoladas ou em grupos celulares.
Adrenal
O parênquima das glândulas suprarrenais está dividido em duas regiões diferentes: uma região mais externa e mais extensa denominada córtex suprarrenal e uma região mais interna e pequena denominada medula suprarrenal. A adrenais são revestidas por uma cápsula de tecido conjuntivo que emite septos acompanhados por vasos sanguíneos e nervos em direção ao parênquima.
Córtex
O córtex suprarrenal produz corticosteróides e divide-se em três zonas: zona glomerulosa, fasciculada e reticulada.
A zona glomerulosa é a região mais externa do córtex e é responsável por sintetizar e liberar mineralocorticóides, como a aldosterona, e seu parênquima é constituído por células de formato cubóide a cilíndrico de citoplasma acidófilo e que formam cordões ou agrupamentos celulares arredondados.
A zona fasciculada produz, principalmente, cortisol e é a região intermediária do córtex, formada por cordões epiteliais arranjados longitudinalmente. Essas células apresentam citoplasma rico em gotículas lipídicas e recebem o nome de espongiócitos.
A zona reticulada é a camada mais interna do córtex e sua função é sintetizar e liberar principalmente os andrógenos. As células apresentam citoplasma intensamente acidófilo que se organizam em cordões anastomosados.
Zona Glomerulosa
Zona Fasciculada
Zona Reticulada
Medula
É a porção mais interna da adrenal e é composta por células cromafins que são neurônios pós-ganglionares modificados responsáveis por secretar catecolaminas e células ganglionares simpáticas dispersas pelo tecido conjuntivo da medula. As células cromafins da medula da supra-renal são grandes células epitelióides, que estão arranjadas em agrupamentos ou em cordões arredondados curtos.